Decorria o ano de 1974, quando na Meadela, o ainda recente agrupamento 348, realizou a sua 3º promessa de escuteiros e para tal ocasião especial foi convidado para a cerimónia pelo Chefe Rego o Monsenhor Américo, de Braga. Durante a homília, o Monsenhor falou sobre o escutismo a nível Mundial e das inúmeras atividades que ele via e participava e destacou a presença de fanfarras escutistas nessas atividades. O senhor Mateus Carvalhido, opinou então pela formação nos escuteiros de uma fanfarra e para tal contribui-o monetariamente. Com essa ajuda, com a realização de um peditório na freguesia, que rendeu entre 15 000$ e 20 000$ e recorrendo à banca compraram-se os primeiros instrumentos da fanfarra sendo eles: 1 bombo, 4 timbolões, 5 caixas, 6 clarins e uma requinta. Consoante se recebia das saídas que se realizavam, nas quais os elementos da fanfarra nada recebiam, ia-se comprando o que fazia falta.

Convidou-se então o senhor Guerra para ensaiar a fanfarra em virtude da sua experiência em fanfarras militares, introduzindo-se assim marchas de cariz militar tanto para a percussão como para os clarins. A ligação do senhor Guerra à fanfarra estendeu-se durante alguns anos. A seguir ao senhor Guerra coube a José Sá (Manecas) o cargo de ensaiar a fanfarra mas devido aos seus compromissos profissionais abandonou o cargo sendo ele ocupado pelo chefe Noé Ferreira que posteriormente também teve de abandonar sendo agora ensaiada a fanfarra conjuntamente pelo chefe Rego e pelo chefe Rui.

Em 1977 foram introduzidas majoretes na fanfarra, sendo essa tarefa cumprida com o auxílio da 1º Companhia de Guias da Meadela, já que na época o escutismo na Meadela não era misto. A participação das guias na fanfarra foi constante até bem pouco tempo começando a decrescer com o inicio do escutismo misto no agrupamento e atualmente as majoretes são só escuteiras. A primeira pessoa que ensaiou as majoretes foi Carla Rego.

Com o passar dos anos foi necessário adquirir novos instrumentos e, atualmente, a fanfarra conta com 1 bombo, 7 timbolões, 8 caixas, 15 clarins, 3 baixos, uma requinta,    paus de majoretes e claro está, a bandeira do agrupamento.

A primeira saída da fanfarra foi em Santa Marta , nas festividades do Senhor dos Passos em 1975 e desde então não mais a fanfarra parou. Destacam-se, fora dos distrito, as saídas à vizinha Espanha, Aveiro, Maia, Fafe, participação no desfile de fanfarras aquando do 50º aniversário do CNE em Portugal e no distrito abrilhantamos as festas da nossa freguesia, Meadela, as festas de Nossa Senhora d’Agonia e por todo o distrito de Viana do Castelo.

Inicialmente, o objetivo da fanfarra era a obtenção de fundos para a aquisição de uma sede para o agrupamento, necessidade ainda por colmatar, sendo, no entanto, atualmente, a fanfarra o suporte financeiro do agrupamento que permite assim alguns benefícios aos escuteiros do agrupamento.

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